Estudo da OIT
(Organização Internacional do Trabalho) revelou que, de 30 países que optaram
pela capitalização, 18 já se arrependeram e voltaram atrás, sobretudo devido ao
elevadíssimo custo de transição, que criou forte pressão fiscal, inviável aos
cofres públicos. A infomração, de autoria de Maria Lúcia Fattorelli,
auditora fiscal aposentada da Receita Federal e de viés fortemente à esquerda.
O estudo acrescenta que a capitalização apresentou alto custo administrativo;
reduzidas taxas de retorno aos participantes condenados à miséria na velhice;
destinação das contribuições para especulação financeira internacional e não em
projetos nacionais de desenvolvimento; e transferência de todos os riscos
demográficos e do próprio mercado financeiro para os participantes. A autora
naturalmente conclui que "enfim, o único e grande beneficiário tem sido o
setor financeiro, que recebe as contribuições, cobra taxas de administração
exorbitantes e não se responsabiliza por qualquer benefício futuro, o que vai
depender do mercado".
FOLHA DE SÃO PAULO