O nível dos juros
é algo fundamental nas estratégias de investimentos dos gestores de carteiras,
portanto a notícia dando conta de que as projeções dos analistas
econômicos já começam a pender levemente para cortes de juros neste ano, mostra
o mapeamento feito pelo Banco Central da distribuição das expectativas de
profissionais do mercado financeiro.
Quase 30% dos
analistas econômicos acreditam que o Banco Central vá reduzir a taxa Selic em
pelo menos 0,5 ponto percentual, dos atuais 6,5% ao ano para 6% ou menos. Um
mês antes, no último dia útil de fevereiro, apenas algo como 10% dos analistas
econômicos apostavam em um corte na taxa básica de juros.
A maior parte dos
analistas segue apostando na manutenção dos juros básicos em 6,5% ao ano até o
fim de 2019. Em fevereiro, cerca de 50% deles previa manutenção dos estímulos
monetários nos patamares atuais; no último dia de março, esse percentual havia
subido para 60%.
Em outro texto, o
mesmo jornal noticia que a agência de classificação de riscos S&P
Global listou, em relatório ontem, quatro condições para que o Banco Central
reduza a taxa Selic ainda neste ano. A primeira condição é o crescimento lento
da economia e a segunda, a inflação continuar baixa. A S&P considera
"provável" que essas duas condições sejam cumpridas. A terceira
condição é a aprovação da reforma da Previdência, vista como "provável,
porém com abrangência incerta". Finalmente, o corte de juros depende de o
apetite por ativos de mercados emergentes continuar "saudável", algo
considerado um fator "incerto" pela agência de classificação de
risco.
VALOR ECONÔMICO