Quatro são os
principais fatos que se destacam no noticiário sobre a reforma da Previdência:
1 - o crescimento
entre os deputados do apoio à reforma, acompanhado dos
governadores, mas condicionado principalmente no caso destes últimos ao
desembarque da capitalização.
2 - a defesa que
esses mesmos chefes dos executivos estaduais fazem da extensão automática
aos estados e municípios das mudanças que forem feitas nas regras federais.
3 - o peso cada vez
mais insuportável das despesas da Previdência sobre as contas do governo.
4 - a greve geral -
concentrada nos meios de transporte e particularmente em SP - marcada para a
próxima sexta-feira (14).
A proposta enviada
pelo governo tem atualmente o apoio firme de 105 deputados federais.
Outros 130 parlamentares da Casa concordam com grande parte da redação, mas têm
restrições a alguns aspectos do projeto. Com isso, se fosse levada hoje à
votação no plenário, uma versão balanceada da proposta de emenda constitucional
(PEC) para reformar a Previdência teria, pelo menos, 235 votos favoráveis.
Para aprovar uma
PEC no plenário da Câmara são necessários, no mínimo, 308 votos. O total de
deputados inclinados a votar favoravelmente à reforma da Previdência equivale a
76,3% do patamar exigido. Para quem tem interesse na aprovação, a situação já
foi bem pior. No início de março eram 146 simpáticos à uma versão balanceada da
PEC; em abril, 202; no fim de maio, 220.
FOLHA DE SÃO PAULO