Levantamento da
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais
(Anbima) mostra que apenas 58,7% dos brasileiros acima dos 60 têm algum tipo de
investimento. E, dessa parcela, nada menos que 90,1% têm suas economias
aplicadas na poupança - bem acima dos 75% quando consideramos investidores
brasileiros de todas as idades.
Entre os outros 10%
de investidores com mais de 60 anos, a maior parte se divide entre aplicações
em títulos privados, como debêntures, CDBs e letras de crédito (2,9% do total);
fundos de investimentos, como multimercados, cambial e de ações (2,8%); e
planos de previdência privada (2,8%). Aqueles que escolhem aplicar diretamente
em ações de empresas listadas em bolsa ou em títulos públicos vendidos pelo
Tesouro Direto são muito poucos, 0,8% e 0,7%, respectivamente.
Uma das causas
desse "conservadorismo" são as várias crises econômicas ao
longo de décadas. As entradas e saídas de planos econômicos e novas moedas,
além de uma inflação de guerra, cristalizaram a cautela como a principal
característica desse público. O horizonte mais curto de tempo pela frente é outro
motivo, uma vez que funciona como um limitador natural na busca por aplicações
mais arriscadas e, potencialmente, com maior chance de perdas.
VALOR ECONÔMICO