A visão
de alguém que se mostra bem entusiasmado com o home office, opõe-se a de quem
acha que essa tendência pode não ser tão significativa.
Rafael
Furlannetti, sócio da XP Investimentos, entusiasta dessa tendência, afirma que
a corretora poderá repensar a ideia que tinha de redobrar o seu espaço de
escritórios. Ele se pergunta se, no lugar disso, não seria o caso de
aumentar a área voltada para convivência.
Ele diz acreditar que as
reuniões via plataformas vieram para ficar, forçando uma mudança na dinâmica do
relacionamento dentro das equipes e com os clientes.
Já o
economista alemão Klaus Zimmermann, presidente da Organização Global do
Trabalho (Global Labor Organization, GLO) e professor das universidades de Bonn
e Maastrich, tem opinião oposta.
“O
trabalho remoto é opção para quem produz bens intelectuais, mas tem graves
limitações.
Quando a crise tiver passado, muitos trabalhadores vão ficar
satisfeitos de voltar a seus postos de trabalho, podendo se envolver em
interações face a face novamente.
A comunicação humana é complexa
demais para ser feita só por meio de videoconferência.
Trabalhar juntos em
local específico também significa fornecer oportunidades para trocas de ideias,
que são importantes e dificilmente podem ser planejadas.
O economista alemão
acredita em um crescimento lento do home office daqui para a frente.
O ESTADO DE SÃO PAULO