seis pessoas no mundo sofre de solidão.
Isolamento afeta
todas as idades e contribui para 871 mil mortes por ano, segundo a OMS
Uma em cada seis pessoas no mundo sofre de solidão,
um problema que, juntamente ao isolamento social, afeta a saúde mental, pode levar a doenças físicas e
contribui para cerca de 871 mil mortes por ano, alertou uma comissão criada
pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para
combater esse fenômeno crescente.
Divulgado nesta segunda-feira (30), o primeiro
estudo da Comissão sobre Conexão Social diz que a solidão e o isolamento afetam
pessoas de todas as idades, incluindo um terço dos idosos e um quarto dos adolescentes.
O estudo mostra ainda que 24% dos habitantes de
países de baixa renda sofrem com a solidão, em comparação com 11% em países de
alta renda.
"Numa era em que as possibilidades de conexão
são inúmeras, cada vez mais pessoas se sentem isoladas e solitárias",
disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao apresentar o
estudo.
A solidão e o isolamento, segundo o estudo, aumentam o risco de doenças
cardíacas, diabetes, declínio cognitivo e morte prematura, além de afetar a
saúde mental, dobrando a probabilidade de sofrer de depressão.
Adolescentes
solitários têm 22% mais chances de obter notas mais baixas do que seus pares,
enquanto adultos com esse problema enfrentam maiores dificuldades para
encontrar ou manter um emprego.
O
diretor-geral da OMS disse que a solidão e o isolamento social têm efeitos
negativos não apenas sobre indivíduos, famílias e comunidades, mas também
implicam bilhões de dólares em custos com saúde e perdas de emprego.
FOLHA DE SÃO PAULO