As reformas, a
começar da previdenciária, representa para o Brasil uma pauta ao mesmo tempo
fiscal, econômica, política e cultural: "As reformas da Previdência e
tributária são prioritárias para a retomada do crescimento econômico, mas terão
de vir acompanhadas de outras medidas, como investimento em infraestrutura e
educação, desburocratização, abertura de mercados externos e redução do peso do
Estado na economia".
Simples assim, mas
esse e outros jornais e mídias ainda mostram o Presidente Bolsonaro dizendo que
"a sua caneta é mais importante do que a de Rodrigo Maia", enquanto
este, presidente da Câmara, mostra através de uma série de declarações e iniciativas
que continua distante do Planalto. Só que tudo isso tem um preço para o
País: Para 2019, o economista-chefe do Citibank, Leonardo Porte, projeta
um crescimento de 1,4%, estimativa que tem um "inequívoco viés de
baixa", prevendo 2% para 2020 e também para 2021.
Porto acredita que
a reforma da Previdência será aprovada pelo Congresso no quarto trimestre, com
uma economia de R$ 500 bilhões em dez anos - consideravelmente abaixo do R$
1,25 trilhão embutido na proposta original do governo.
Nas contas do
economista, os R$ 500 bilhões resolvem "mais ou menos um terço" do
problema fiscal brasileiro, o que significa que serão necessárias medidas
adicionais para completar o processo de consolidação fiscal, como uma nova
regra de reajuste do salário mínimo e a contenção dos gastos com o
funcionalismo. É preciso sair de um déficit primário de 1,5% do PIB para um
superávit de 2% do PIB, afirma Porto, referindo-se ao esforço requerido para
estabilizar a dívida bruta como proporção do PIB, considerando o resultado
fiscal sem gastos com juros
VALOR ECONÔMICO