A elevação da idade mínima para que o trabalhador peça a sua
aposentadoria sabidamente ajuda a equilibrar as contas da Previdência Social,
em crise um pouco no Mundo todo, ao mesmo tempo em que contribui para estender
por mais tempo a permanência de mais gente no mercado de trabalho, um objetivo
especialmente importante em países onde a falta de jovens é mais sentida.
A novidade nesse momento é que a Alemanha tenta encontrar alternativas parta as
críticas que lhes são feitas pelos momentos sociais e lideranças sindicais em
geral.
Na Europa, a Alemanha está dando nesses dias exemplos de inovação no
enfrentamento do problema.
O gabinete alemão aprovou agora uma reforma
previdenciária que inclui incentivos para manter os trabalhadores no mercado de
trabalho por mais tempo, como parte de medidas para promover o crescimento na
maior economia da zona do euro.
Em 2030, quando entrará em vigor a idade mínima de 67 anos para
aposentadoria, a população ativa da Alemanha provavelmente terá diminuído
em 6,3 milhões de pessoas em relação a 2010, de acordo com um relatório
demográfico do Ministério do Interior. Isso reduzirá o PIB por pessoa, pois
haverá menos trabalhadores para cada aposentado.
Esse vácuo laboral ameaça reduzir o PIB per capita em até 1,5%
anualmente, segundo cálculos do Ministério das Finanças. Paralelamente, a
expectativa de vida aumentou 8 anos desde 1990, pressionando o sistema de
seguridade social que sustenta 21 milhões de aposentados atuais.
De acordo com a reforma, qualquer pessoa que adiar o início de sua
aposentadoria e estiver empregada por pelo menos doze meses receberá um
pagamento único equivalente ao que lhe seria pago por conta da
aposentadoria.
Deutsche Welle