Mercado de Capitais


Reunidos para acelerar uma agenda microeconômica de desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e representantes do Ministério da Economia lançaram ontem em São Paulo a "Iniciativa de Mercado de Capitais". O objetivo é deslanchar vários pleitos antigos e novos de agentes do setor, como instituições, empresas e investidores, representados no evento pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima),

 

Talvez tão importante quanto as ações e objetivos anunciados tenha sido a própria coesão demonstrada pelos reguladores, que até então raramente faziam comunicados conjuntos ou divulgavam iniciativas em grupo.

A Iniciativa de Mercado de Capitais, batizada de IMK, substitui o antigo grupo de trabalho do mercado de capitais (GTMK), que até o fim do ano passado se encarregou de desenvolver os temas. "Nessa nova fase de trabalhos ampliaremos nosso campo de atuação", disse o  presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O grupo tem pressa. De acordo com João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do sistema financeiro do BC, os reguladores pretendem encaminhar seis propostas em até quatro meses. As medidas incluem criação de "sandbox" regulatório, que vai permitir que empresas iniciantes inovadoras tenham licenças temporárias dentro de um ambiente regulado. Preveem também o aperfeiçoamento da regulação para melhor utilização de imóveis como garantia nas operações de crédito, expansão da base de informações de crédito e criação de indicadores de capitalização de mercado.

 

A melhora dos mecanismos de oferta de hedge cambial, a permissão para a emissão de dívida local em moeda estrangeira por companhias não financeiras e regulamentação da nota comercial, título corporativo semelhante à nota promissória, são outras iniciativas em estudo.



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