'Não acho que seja
sacrifício trabalhar até os 65 anos', diz relator da Previdência. De acordo com
Samuel Moreira, idade mínima e meta de R$ 1,2 tri são pontos fundamentais do
texto
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O relator da
reforma da Previdência na comissão especial da Câmara,
deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou nesta segunda-feira (27) que não vê
sacrifício no fato de contribuintes que antes se aposentavam apenas pelo tempo
de contribuição terem de respeitar uma idade mínima para obter o
benefício.
“Eu não acho que
seja sacrifício trabalhar até os 62 anos, trabalhar até os 65 anos. Não pode
ser um sacrifício. O que não pode é querer aposentadorias para virar
complementação do salário”, disse durante reunião com empresários em São Paulo.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição)
apresentada pelo governo estabelece idade mínima de 65 anos para homens e 62
anos para mulheres.
Segundo Moreira,
atualmente a média de idade de quem se aposenta por tempo de contribuição pelo
regime geral é de 54 anos, o que descaracteriza a Previdência Social.
“Ninguém para aos
55 anos, então desvirtua um processo fundamental que é o sistema de Previdência
para nós, para os idosos e jovens, que vão virar idosos”, afirmou.
O deputado
também se declarou favorável à retirada da idade mínima da Constituição e que
essa definição deve ser feita a partir de estatísticas de órgãos como o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Até o momento, 42
emendas ao texto já foram apresentadas pelos congressistas, mas Moreira afirmou
que tanto a idade mínima quanto a manutenção da meta de economia de R$ 1,2
trilhão em dez anos são pontos fundamentais da proposta
FOLHA DE SÃO PAULO