O secretário
especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse na noite desta
quarta (30) que nenhum segmento da sociedade, inclusive os militares, será
poupado na reforma das regras de aposentadoria.
Ele espera
que a proposta seja aprovada pela Câmara e pelo Senado até meados de julho.
“Uma outra
determinação do nosso presidente [Jair Bolsonaro] foi que todos têm que
contribuir. Todos têm que contribuir. Esse é o esforço de salvarmos o sistema
previdenciário e apresentarmos uma nova Previdência no Brasil. Então a
responsabilidade é de todos. Todos os segmentos têm que dar sua contribuição
nesse processo", afirmou a uma plateia de parlamentares.
"Ninguém vai
ficar de fora. O governo vai apresentar um projeto que vai levar em
consideração todos os segmentos da sociedade brasileira”, disse Marinho.
Marinho,
no entanto, não declarou quando deve ser enviado o projeto que trata da reforma
da Previdência para os militares. Segundo ele, Bolsonaro é quem decidirá o
“timing”.
“Ele [Bolsonaro]
falou em Davos uma frase que era bom lembrar: o governo se faz com exemplo; se
dá exemplo quando se lidera. Então é evidente que ele está sinalizando que os
militares vão entrar no processo. Isso está sendo dito pelos vários líderes do
Exército, das Forças Armadas”, respondeu o secretário após questionamento feito
por um deputado no jantar, em Brasília.
Marinho espera que o
governo consiga aprovar a proposta de mudanças nas regras de aposentadorias na
Câmara e no Senado até meados de julho, quando se inicia o recesso parlamentar.
Ele reafirmou que o
governo pretende aproveitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da
reforma da Previdência já enviada pelo ex-presidente Michel Temer para acelerar
a tramitação.
Dessa forma, a
proposta em elaboração pelo governo Bolsonaro pode ser votada já pelo plenário
da Câmara, sem precisar passar por comissões da Casa.
FOLHA DE SÃO PAULO