Fundos de pensão querem mudanças no "Novo Mercado" da Bolsa


Após a oferta lançada por Edson Bueno, controlador da rede de laboratórios Dasa, para retirar a empresa do Novo Mercado, os fundos de pensão Petros, Previ e Funcef formaram um grupo de trabalho para discutir mudanças no principal segmento de governança da BM&FBovespa. "O Novo Mercado está fazendo 15 anos e nesse período se consolidou como um segmento relevante, com mecanismos para atrair as empresas. Mas agora entendemos que alguns pontos da sua regulamentação devem ser revistos em prol da melhoria da governança e principalmente da defesa dos minoritários", afirma Henrique Jäger, presidente da Petros.


Segundo ele, o grupo ainda estuda a regulamentação para definir quais são suas propostas.


O único ponto que já está definido e que precisa ser enfrentado, diz, é a facilidade que hoje as empresas possuem para sair do Novo Mercado. Diferentemente de outras ofertas públicas de aquisição de ações, não existe a necessidade de um quórum para a adesão à oferta, que pode ser realizada pelo valor econômico. E o controlador pode votar na assembleia aprovando sozinho a saída. "A Petros encaminhou um pedido à BM&FBovespa para que se manifeste sobre esse último ponto. O que nós queremos é que o controlador não vote na assembleia do dia 8, que vai avaliar a operação", diz Jager.


O desejo é que a bolsa e também a CVM reavaliem a questão sob a ótica do benefício particular que o controlador poderá ter com a operação. Isso porque após a saída, ele estará desobrigado de cumprir algumas das exigências do Novo Mercado, como tag along (prêmio de venda de controle) de 100%. (Valor)


Valor
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