A força-tarefa
Greenfield no Ministério Público Federal (MPF) em Brasília deflagrou ontem a
Operação 'Circus Maximus', que investiga supostas fraudes no Banco Regional de
Brasília (BRB) com prejuízos de R$ 400 milhões em investimentos nos fundos LSH
e SIA, além de pagamentos de propinas em espécie de R$ 40 milhões, segundo os
investigadores.
Tiveram prisão
preventiva decretada 10 pessoas. Henrique Domingues Neto, por
exemplo, atuava como intermediário de investimentos feitos por
fundos de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). O FIP LSH, por
sua vez, chegou a operar hotel com a bandeira Trump, do atual
presidente americanos, no Rio de Janeiro. Trump retirou a marca do Rio e o
empreendimento, em frente à Praia do Pepê, adotou o nome LSH. Constituído em
2016 pelos sócios Ricardo Rodrigues, Paulo Figueiredo Filho e Arthur Soares
Filho, o LSH passou a ser investigado em razão de aportes feitos pelo Serpros,
entidade de previdência complementar do Serviço Federal de Processamento de
Dados (Serpro).
Em depoimento em
delação premiada à força-tarefa da Greenfield, o exministro da Fazenda e da
Casa Civil nos governos do PT, Antonio Palocci, acusou o ex-ministro da
Previdência Carlos Gabas e Henrique Barbosa - irmão do presidente da Comissão
de Valores Mobiliários, Marcelo Barbosa - de promoverem uma blindagem em órgãos
de fiscalização para impedir que desvios em fundos públicos fossem detectados.
O GLOBO