Santander
se alinha a BC e relança crédito com garantia em imóvel.
Banco reduz juros de home equity de
0,99% para 0,94% ao mês
O
Santander vai reformular o crédito pessoal com garantia de imóvel
(home equity), em linha com a meta do Banco Central de expandir a
concessão de empréstimos neste segmento, que permite cobrança de taxas de
juros mais baixas.
A
linha, agora chamada de Usecasa, terá juros reduzidos de 0,99% ao mês
para 0,94% ao mês (de 12,6% ao ano para 11,9% ao ano) a partir desta
terça-feira (28) e prazo de até 20 anos.
O custo efetivo total, porém, é maior,
porque há a cobrança de IOF, seguro e a taxa para a avaliação do imóvel.
Segundo
o banco, os juros passarão a ser os menores dentre as linhas de crédito
pessoal —batendo inclusive as taxas de juros do crédito consignado do
banco, que custam a partir de 1,50% ao mês.
O
home equity é uma das apostas do Banco Central (BC) para ampliar e
baratear o mercado de crédito no Brasil, apesar de ainda ser pouco
conhecido e mais oferecido por fintechs.
A média desse tipo de empréstimo é
que o prazo seja de 15 anos, com taxas de 12% a 13% ao ano ou de 0,99% ao mês.
Caso
as parcelas não sejam honradas, o banco toma o imóvel como garantia e pode
vendê-lo como forma de quitar a dívida.
Segundo
a Agenda BC#, que reúne as prioridades da instituição, em um
cenário conservador, cerca de R$ 500 bilhões em home equity podem ser
injetados no mercado de crédito, quase dobrando a atual carteira de crédito
imobiliário.
De
janeiro a setembro de 2019, a modalidade cresceu 55%, e alcançou mais
de R$ 300 milhões, segundo dados do BC.
Com
a lenta recuperação econômica e a baixa demanda do consumidor frente ao
alto comprometimento da renda familiar, bancos têm mais interesse em emprestar
nas linhas em que têm maior garantia.
Dados
do Banco Central apontam que o endividamento e o comprometimento da renda das
famílias (descontados os financiamentos imobiliários), atingiram 26,2% e 18,4%
em outubro.
Eram de 23,9% e 17,3%, respectivamente, no mesmo mês de 2018.
FOLHA DE SÃO PAULO