Em 2018, pela
primeira vez o número de pessoas com mais de 65 anos ultrapassou o de crianças
com menos de 5, segundo relatório divulgado pela ONU.
Se atualmente 1 em cada 11 pessoas no mundo
tem mais de 65 anos, em 2050 deve chegar a 1 em cada 6 —no caso da Europa e da
América do Norte, deve ser de 1 para cada 4.
A expectativa de vida média da humanidade,
que era de 64,2 anos em 1990, subiu para 72,6 neste ano e acredita-se que
chegará a 77,1 anos em 2050.
Porém, nos países menos desenvolvidos as
pessoas vivem cerca de sete anos menos do que a média global, devido à alta
mortalidade materna e infantil, violência e infecção por HIV, entre outros
fatores.
A queda no número de pessoas em idade
ativa e o aumento na proporção da população em idade dependente deve gerar
desafios "para o mercado de trabalho e a performance econômica" de
diversos países, assim como dificuldades para "construir e manter sistemas
públicos de saúde, pensões e proteção social para pessoas mais
velhas", alerta o relatório.
Outro fator que contribui para o
envelhecimento da população mundial é que as mulheres estão tendo menos filhos.
O estudo comprova essa tendência, mostrando que taxa de fecundidade, que era de
3,2 filhos por mulher em 1990, baixou para 2,5 em 2019 e deve chegar a 2,2 em
2050.
A taxa necessária para repor naturalmente a
população (desconsiderando fatores como a imigração) é de ao menos 2,1.
Atualmente, quase metade das pessoas vive em países com índice abaixo
disso.
O Brasil é um dos países que terão o
envelhecimento mais rápido. Em 2080 teremos mais idosos acima de 80 anos do que
crianças e jovens até 14 anos.
O GLOBO