Longevidade: surge uma nova faixa 60+


Recente pesquisa intitulada “Dilemas da Longevidade: Hábitos e comportamentos do Consumidor” classifica o público de 60+ como hiperconectado. O estudo, produzido pela Jóia Eventos Estratégicos, diz que do total de entrevistados 70% disseram ser usuários de smartphones e encontraram na internet uma grande facilitadora de suas vidas. Principalmente no que diz respeito a serviços bancários e compras online, além de socialização nas mídias sociais. Essas pessoas acompanham o comportamento das gerações mais novas na internet e aderem facilmente às novas plataformas. Nada menos de 35% tem perfil no Instagram.

 

“São pessoas que já conquistaram segurança na vida, como a casa própria e utilizam a renda da aposentadoria para a manutenção das necessidades do dia a dia. Aqueles com renda acima de 10 salários mínimos economizam para alguns prazeres, como viajar”, assevera Flávia Morizono, sócio diretora da Jóia.

 

Estimular o idoso no campo das pesquisas e reflexões é uma das preocupações do Sesc em São Paulo. Desde 1988 a instituição publica a revista “Mais 60”, voltada para estudos sobre o envelhecimento. Em parceria com o meio acadêmico e órgãos públicos, esse canal se propõe a realizar encontros para refletir e evidenciar temas pertinentes ao processo de envelhecimento. “Fomentamos uma reflexão contínua sobre a velhice e o envelhecimento por meio de ações culturais e sócio-educativas, destacando a multiplicidade das experiências do envelhecer, valorizando a pessoa idosa e rompendo com estereótipos e preconceitos”, assevera Gabriel Alarcon Madureira, assistente técnico da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc em São Paulo.

 

A mesma revista publica na sequência matéria sob o título “Envelhecer faz parte da beleza da vida”, onde se diz que tal contingente cada vez mais se prepara para viver essa nova fase com cabeça aberta e corpo sadio. Os antigos estereótipos não definem mais as pessoas acima der 60 anos. Elas buscam equilíbrio em suas vidas. Estão preocupadas com saúde, vida sexual, trabalho, esporte e beleza. Fazem tudo para manter corpo e alma em harmonia. Em geral com mais tranquilidade e sabedoria do que antes, ressalta Eloisa Lucas, idealizadora do portal “60 ou Mais”.

 

Em sua origem, há mais de 70 anos, o SESC atraía muitos jovens e adultos em suas unidades em todo o País. Com o tempo foi aumentando a presença de idosos, o que levou a instituição a organizar trabalho sócio-educativo e cultural para essa faixa etária. Ao longo do tempo a programação se estendeu para as unidades através do País, com a criação de grupos de convivência que desenvolvem atividades interativas entre idosos. Esse trabalho do Sesc, que atualmente beneficia mais de 70 mil pessoas, tornou-se referência mundial ao ser reconhecido pela ONU. É notável a experiência do convívio em grupo e quanto isso contribui para seu comportamento ao longo do caminho, significando possibilidades de construção ou reconstrução de sua identidade e também do sentimento de pertencimento.

 

Um trecho em particular lança luzes sobre o que está por vir: os avanços tecnológicos que impulsionam esse progresso só devem ganhar velocidade. A genômica, a biologia sintética, a neurociência, a inteligência artificial, as ciências dos materiais e dos dados e análise de políticas baseadas em evidências estão florescendo. Sabemos que as doenças infecciosas podem ser extintas e muitas estão programadas para se tornar coisa do passado.



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