Os economistas dos
candidatos Ciro Gomes (Mauro Benevides), Jair Bolsonaro ( Paulo Guedes) e João
Amôedo (Gustavo Franco) defendem a adoção do regime de capitalização. A proposta
conta também com a simpatia de quem assessora Marina Silva (Eduardo Giannetti).
Todos igualmente se mostram convencidos da necessidade de se mexer com urgência
na Previdência.
A capitalização
registra o jornal a partir de explicações de Gustavo Franco, seria criada
como previdência complementar, alimentada por contribuições do empregador e do
empregado e conviveria com o sistema atual. O FGTS poderia ser usado como base.
Esse modelo, no qual há mais de um pilar para a Previdência, também é defendido
por Benevides e Fraga. Benevides defende 3 pilares, um que garanta um salário
mínimo, outro de repartição com teto de benefício menor que o atual (até 3
salários mínimos) e um terceiro de capitalização.
À frente do programa
econômico do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), o economista Pérsio Arida afirma
ser contrário à utilização de qualquer forma do regime de capitalização na
Previdência Social, por seu impacto nas contas públicas, mas mostra-se
favorável ao uso do FGTS para acumulação de poupança para fins de
aposentadoria. O mesmo que defende o economista Gustavo Franco, apoiador de
outro candidato.
Por sua vez, Márcio
Pochmann, um dos economistas encarregados do programa do PT, também descarta a
capitalização e diz que a previdência complementar deve ser tocada apenas pelo
segmento privado.
Tais manifestações
por parte dos economistas dos candidatos estão no contexto do que pode ser uma
retomada das discussões sobre a reforma da Previdência. Em uma de suas edições
de final de semana, o mesmo jornal traz declaração do Ministro Eduardo Guardia no
sentido de que a alta do dólar, ainda que obedeça principalmente a um movimento
global, reflete também o fato de o Brasil torna-se vulnerável à medida que adia
as reformas, em especial a da Previdência.
ESTADO DE SÃO PAULO