Caixa corta pela metade taxa de juro do cheque especial
Linha
terá custo de 4,99%; na média, o sistema financeiro cobra 12% ao mês
A Caixa Econômica Federal cortou pela
metade a taxa de juro do cheque especial em um momento em
que Banco Central e governo vem pressionando os grandes bancos brasileiros
a repassar a queda da Selic para consumidores.
A taxa foi reduzida de 9,99% para 4,99%,
segundo comunicado divulgado pelo banco nesta terça-feira (12).
Na média,
segundo dados do BC, o juro do cheque especial do banco era de 9,41% na semana
encerrada em 29 de outubro.
Os 9,99% já eram mais baixos que a taxa
média cobrada pelos bancos privados e fizeram parte de uma primeira rodada
do banco público de corte de juros cobrados de seus clientes.
A taxa média
do cheque especial é de 12,4% ao mês, a mais cara do sistema financeiro. Já a
Selic está em 5% ao ano, o menor patamar a história.
O custo do cheque especial pouco se mexeu desde que
a taxa básica de juros entrou em queda.
Os bancos chegaram a lançar uma iniciativa de
autorregulação em que ofereceriam um crédito alternativo para que o cliente
pudesse trocar o cheque especial por um mais barato.
Foi uma medida para evitar
que a regulação fosse imposta, como ocorreu no limite de uso do rotativo do
cartão de crédito.
Ainda assim a inadimplência voltou a subir: estava
em 15,6% em setembro, só menor que a do rotativo do cartão de crédito (36,1%).
Para
tentar reduzir a taxa de juros da linha, o Banco Central estuda permitir que os
bancos cobrem tarifa para que o cliente tenha acesso ao cheque especial, o
que hoje é proibido.
Os bancos alegam que essa medida ajudaria a reduzir o custo
da linha porque, atualmente, os clientes têm crédito disponível
e não necessariamente pagam juros por esse valor. Isso significa que o dinheiro
separado do banco não é remunerado.
A medida faria com que toda a parcela
destinada a linha serviria para remunerar instituições financeiras.
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