Liderança
protagonista e mudanças na atualidade
Em um mundo de constantes mudanças, as lideranças devem ter coragem para
romper com estruturas antigas, protagonizando transformações e não apenas
reagindo a elas.
Esse foi o mote com Walter Longo, publicitário renomado e
premiado, especialista em inovação e transformação digital, que trouxe como
tema “Mudança exige coragem: liderança protagonista”.
A apresentação, destacou que o mundo não está mais na era digital, mas
sim pós-digital. “Nesse momento, tão ou mais importante que usar armas digitais
é desenvolver uma alma digital. Isso quer dizer ir além dessas ferramentas”,
disse.
Como exemplos, ele citou rever as estruturas piramidais de autoridade e
comando nas empresas, criando modelos colaborativos de gestão da inovação.
Entre as ações necessárias, citou: integrar Big Data ofensivo e defensivo;
utilizar blockchain em processos de documentação e registro; desenvolver
realidade aumentada para treinamento e marketing; além de trocar custo fixo por
variável em todas as áreas de atividade.
O especialista destacou ainda que é preciso manter uma relação constante
e individual com cada cliente, agora que a tecnologia permite fazer isso com
custos acessíveis, com os algoritmos de inteligência artificial sendo aliado na
formulação de estratégias e processos decisórios.
Big Data – Quem vai
comandar a nova forma de gestão é o Big Data, segundo Longo, liderando as
relações. “A verdade é que a internet e o mundo digital mimaram as pessoas e
valorizaram o indivíduo.
Os clientes não estão mais solicitando ou sugerindo,
eles estão exigindo ser tratados individualmente”, ressaltou.
Nesse cenário, ele afirmou que, para ter sucesso em qualquer área de
atividade, as empresas terão que atuar em três frentes: simplicidade dos
produtos, flexibilidade dos processos e individualidade na relação.
“Gerir uma empresa significa entender como funcionam as pessoas
individualmente, não apenas os negócios, para atendê-las do jeito que esperam.
E o Big Data é o motor que move essa nova máquina de individualização”.
A tecnologia permite cruzar fontes de dados para, em poucos segundos,
conhecer melhor uma pessoa.
A partir desse cruzamento, é possível não apenas
saber quem ela é, mas o que está acontecendo com ela naquele momento. Com base
nisso, é possível tomar decisões mais personalizadas.
Celeridade x longo prazo – No setor de previdência privada, os desafios deste mundo digital
cada vez mais acelerado se acentuam, já que as entidades precisam atuar com
estratégias de longo prazo enquanto o curto prazo e resultado imediato é
valorizado.
Segundo Longo, a solução para isso envolve uma nova estratégia de
comunicação, bem como novas arquiteturas e designs de produtos.
“Precisamos
sair do campo do ‘depois’ e entrar no território do ‘durante’, oferecendo
horizonte distante com valor imediato. Trocar promessa futura por presença
contínua. Precisamos estar presentes, mesmo entregando lá na frente. Precisamos
de uma relação direta e constante”.
Ele comentou que a previdência precisa se reinventar e unir
responsabilidade e recompensas ao longo do caminho, previsão e prazer,
planejamento e engajamento.
“Não se trata de abandonar o longo prazo, devemos
ensinar as pessoas a respeitar e valorizar isso. Mas precisamos oferecer
pequenas vitórias no caminho. Isso resolve grande parte do nosso desafio”.
Inteligência Artificial – Complementando o Big Data, a inteligência artificial surge como
aliada fundamental, ampliando a produtividade enquanto os seres humanos podem
se concentrar em outras tarefas. Além disso, ela reduz erros e falhas, pois
realiza uma checagem permanente dos dados.
A inteligência artificial também elimina custos, transformando despesas
fixas em variáveis, permitindo que operações sejam escaláveis de forma
eficiente.
A ferramenta também permite individualizar as relações: a IA trata
cada pessoa como indivíduo, oferecendo gamificação e segmentação de ofertas que
ampliam fidelização e permanência.
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