Reforma da Previdência 3


Recentemente, Bolsonaro falou em “fatiar” a reforma em etapas, começando pela introdução de uma idade mínima de aposentadoria. E o Congresso pode diluir ainda mais qualquer esquema, como aconteceu com o de Temer. Os mercados ficarão mais impacientes se uma proposta não for encaminhada ao Congresso até julho, diz Arthur Carvalho, do banco Morgan Stanley. 

Coluna do jornalista Elio Gaspari, cita o economista Paulo Tafner, fornecendo o que parece ser um forte argumento a favor de se fatiar a reforma. É que, na medida em que se apresenta gradualmente as propostas, no lugar de apresentar todas ao mesmo tempo, se evita concentrar todos os opositores em um único momento. A oposição ficaria assim diluída e os críticos seriam mais facilmente identificados pela opinião pública, bem como as razões que os fazem se opor à reforma. Por exemplo, os servidores teriam que explicar de forma transparente porque são contrários ao projeto do governo, que virá com o objetivo de combater "privilégios".

Em longa matéria sobre os planos de Paulo Guedes, futuro superministro da Economia, destaca promessas como prioridade máxima à reforma da Previdência, acompanhada de privatizações, até porque as despesas com o pagamento de benefícios previdenciários consumirão 32,6% do Orçamento de 2019, onde o déficit previsto é de R$ 238,8 bilhões. Mas no texto o próprio jornal reconhece que ainda não se conhece detalhes da reforma pretendida e como se pretende aprová-la.



O GLOBO
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