A Brasilprev
(previdência aberta) vai colocar no mercado um novo plano de previdência
massificado, que nasce sem a taxa de carregamento na entrada, que incide na
maioria dos produtos da linha. O pedágio será apenas na saída, com um custo de
5% por até 36 meses, que decresce e é zerado no nono ano. Destinado a um
público com renda entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, vai aceitar contribuições mensais
a partir de R$ 100 e, na largada, as reservas vão ser construídas num fundo de
renda fixa de volatilidade média, que pode ter crédito privado e que cobra taxa
de administração de 2% ao ano.
Batizado de
“Brasilprev Fácil”, o desenho do plano busca quebrar a percepção de que
previdência privada é um produto complexo e só serve para quem tem maior
capacidade financeira. Pretende conquistar pessoas na faixa dos 20 a 50 anos
que não fazem nenhum tipo de reserva para a aposentadoria, diz Marco Barros,
presidente da companhia. "A ideia é criar o conceito simplificado para
quem está, por exemplo, entrando no mercado de trabalho e acaba destinando a
renda para o consumo e se, e somente se, sobra algum dinheiro, é que
poupa", diz. "É preciso inverter a lógica, separar parcela da renda
independentemente de quanto se ganha, e no longo prazo se beneficiar do tempo e
dos juros compostos a seu favor."
A oferta padrão será
feita em cima da modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que não
permite dedução anual de imposto e adequada para quem faz a declaração
simplificada e não aplica mais de 12% da renda bruta. Na contratação, será
usada a tabela progressiva de IR, mas que pode ser trocada pela regressiva à
medida que a acumulação aumente.
O produto previdência
é interessante para se impor uma poupança forçada e assim formar a cultura de
guardar dinheiro, diz Jonathan B. Camargo, sócio fundador da London Capital.
Para ele, contudo, "uma taxa de 5% na saída é péssimo, é a pior coisa que
existe, o dinheiro sai do seu bolso para o bolso do banqueiro."
VALOR ECONÔMICO