Os brasileiros
estão passando uma parte cada vez maior de suas vidas na aposentadoria, o que
tende a pressionar ainda mais as despesas públicas, segundo estudo do
IPEA.
Em uma década e
meia, a duração média dos benefícios concedidos por tempo de contribuição
saltou de 14,7 anos para 20,9 anos, no caso dos homens, e de 15,2 anos para
21,2 anos, no caso das mulheres. Isso significa que os brasileiros que se
aposentam por tempo de contribuição ficam um quarto de suas vidas na
inatividade, recebendo os pagamentos do INSS.
A aposentadoria
por tempo de contribuição é considerada um “privilégio” porque é acessada
geralmente pelos mais ricos, que conseguem permanecer por mais tempo num
emprego com carteira assinada. Pelas regras atuais, para se aposentar por tempo
de contribuição são necessários 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) de
contribuição.
Essa modalidade
deixaria de existir com a instituição de uma idade mínima, considerada
essencial para equilibrar as contas públicas. No ano que vem, o déficit esperado
com a Previdência é de R$ 218 bilhões.
ESTADO DE SÃO PAULO