Guedes tem ao
menos três projetos criados após medida apresentada por Temer; veja comparativo
A equipe que estuda a reforma da Previdência do governo
Jair Bolsonaro (PSL) recebeu ao menos três propostas elaboradas por
especialistas na área, que chegam a dobrar a possibilidade de economia de
verbas públicas, em relação ao texto atualmente em discussão no Congresso,
apresentado na gestão de Michel Temer (MDB).
Uma delas, coordenada pelo economista Paulo Tafner, tem como coautor o atual
secretário-adjunto de Previdência, Leonardo Rolim, além de Pedro Nery, Miguel
Foguel, Marcelo Pessoa, Sergio Guimarães e Rogerio Nagamine, em equipe
capitaneada pelo economista Armínio Fraga.
A familiaridade com as premissas dessa proposta pode levar à adoção de
algumas medidas sugeridas –as regras de transição para o trabalhador do setor
privado em estudo pela equipe do Ministério da Economia, por exemplo, são
praticamente idênticas à do projeto de Tafner.
Mas a necessidade de negociação com as áreas políticas deve levar a
alterações importantes, como na idade mínima exigida ao final do período de
transição.
Nos projetos de Tafner e no elaborado pela Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas) com apoio de entidades do setor de previdência, a idade
mínima é 65 anos e vale para homens e mulheres, trabalhadores urbanos e
rurais e categorias hoje beneficiadas por idades menores, como os professores.
Já
na proposta dos economistas Fabio Giambiagi (BNDES), Felipe Pinto (economista
da Parcitas Investimentos) e Leandro Rothmuller (economista-chefe do Banco
Bocom BBM), mulheres se aposentam mais cedo, aos 63, e homens aos 65, diferença que se mantém nas discussões atuais
do governo
FOLHA DE SÃO PAULO