Não leve o celular para o bloco


Carregue somente dinheiro vivo e um documento de identidade

Deixe o celular em casa antes de sair para aproveitar o carnaval de rua. Se for inevitável por questões profissionais ou pessoais – como no caso de médicos, enfermeiros, cuidadores de idosos, pessoas com familiares doentes etc. –, proteja o aparelho bem junto ao corpo (em uma pochete ou doleira). Outra opção seria levar um celular mais antigo, cuja perda fosse irrelevante.

Da mesma forma, recomenda-se ter dinheiro em espécie, não cartões de crédito nem débito. E carregar somente um documento de identidade.

Diversão, bebidas alcoólicas e grandes aglomerações de pessoas facilitam os furtos, nos quais não há violência material contra a vítima. Quanto menos itens de valor nestas situações, melhor. 

 

Nem me refiro a joias, pois realmente não combinam com folia. Mas um relógio mais caro pode ser alvo da cobiça de espertalhões que se misturam aos foliões. Também não corra o risco de perder ou ter chaves e documentos do veículo roubados. 

Vá de metrô, táxi, use o aplicativo de transporte ou ônibus até a concentração do bloco. Até porque há muitas ruas interditadas e quem bebe, obviamente, não pode nem deve dirigir.

Tudo isso deve parecer muito óbvio. Mas, no pré-carnaval paulistano, foram registradas 600 ocorrências policiais. A maioria, é claro, furto de celular.

No caso de arrastões e de outras ações mais violentas, vale a recomendação de sempre: não reaja, principalmente se os integrantes do bando estiverem armados. 

Além disso, há outros riscos para os consumidores. Por exemplo, a venda de alimentos e bebidas sem garantia de procedência nem refrigeração adequada, em um período de muito calor.

Da mesma forma, devemos ter cuidado na escolha de produtos para maquiagem e fantasias. O ideal seria comprar bem antes. Para quem deixar para a última hora, o ideal é optar por lojas que assegurem a procedência dos itens, para evitar, dentre outros problemas, reações alérgicas a sprays de espuma, tintas, glitter etc.

Com relação à folia propriamente dita, não há o que sugerir. No máximo, desejar que vocês se divirtam muito, perto ou longe do carnaval.

Maria Inês Dolci - advogada especialista em direitos do consumidor, foi coordenadora da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).

Fonte: coluna jornal FSP

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