2060: PARA OCDE, O FUTURO SERÁ MUITO DUVIDOSO


Painel de OSGEMEOS

Quem me acompanha sabe que ando influenciada pela leitura de Brené Brown. Então, para iniciar este post, vou transcrever uma passagem do livro A coragem de ser imperfeito:

"[...] sei que a esperança faz parte da luta. Se quisermos que nossos filhos desenvolvam altos níveis de esperança, precisamos deixá-los travar suas próprias batalhas. Aliás, além de amor e aceitação, o que mais quero que meus filhos desenvolvam é um profundo sentido de esperança".

Penso que Economistas, analistas, estudiosos sobre o futuro deveriam fazer algum tipo de curso com profissionais como a doutora Brené Brown. Até mesmo para alguém que se propõe a cultivar o otimismo, as revelações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE sobre as previsões de cenário para a economia global em 2060 são devastadoras. A Exame publicou hoje a matéria Em 2060, economia terá menos crescimento e mais desigualdade). Li, porque acho importante e porque o texto termina pontuando alguns temas que me interessam sobremaneira: longevidade, Previdência e Educação. Mas atenção aos desavisados: na real, a leitura provoca ímpetos de suicídio.

Sei que tudo está mudando! A desmaterialização de fronteiras e da indústria: demissão em massa hoje significa 18 mil desempregados no mercado de uma só vez, como a Microsoft está mostrando. Os jovens nômades que não se identificam com o modelo econômico do século 20 e buscam, talvez no empreendedorismo do século 21, respostas alternativas para a sustentabilidade da vida. Não é sem motivo que o título do livro de Gustavo Cerbasi na Bienal do Livro, programada para agosto de 2014, é Adeus Aposentadoria.

Somos agentes de transformação social

Curioso é que, apesar de prever um futuro tão terrível, a própria OCDE é a instituição que criou o Better Life Index... Isso me faz pensar que os operadores da Previdência Complementar que atuam com Comunicação e Educação Previdenciária, precisam ter um perfil singular: olhar os fatos com um olho no presente, nos comportamentos que precisam de reposicionamento, na reiteração permanente da adoção de práticas convergentes à construção de renda futura. E o outro olho, o do futuro, tem que estar focado na esperança!

Junto do Banco Mundial, a OCDE é uma das instituições que está na origem da disseminação em escala global do conceito de Educação Financeira Previdenciária. Por ser um trabalho radicalmente subversivo - considerando as políticas econômicas de incentivo ao consumo - e de práticas baseadas essencialmente em métodos de evangelização - considerando as verbas irrisórias destinadas a subsidiar a produção de instrumentos de divulgação e instrução, a Comunicação e a Educação Previdenciária dependem fundamentalmente da continuidade do trabalho de profissionais obstinados e público permeável às suas possibilidades e oportunidades da proposta previdenciária.

Brené Brown - assim como outros autores que já citei aqui - fala de nossa cultura historicamente condicionada pela escassez e no medo. Há indústrias que se beneficiam grandemente dessas interpretações. Não desqualifico, mas tenho muita restrição a tudo o que é muito apocalíptico! Pelo que se tem notícia, o mundo está para acabar desde os dinossauros. E, para eles, realmente acabou.

Então, para encerrar essa reflexão, vou compartilhar aqui um recado sobre essa questão do fim do mundo. É uma venda de última hora. Onde alguns enxergam risco outros podem ver oportunidade.

Eliane Miraglia - mestre em Ciências da Comunicação, especialista em Gestão de Processos Comunicacionais e consultora de comunicação, tem participado em projetos com a Suporte Educacional.

Fonte: blog da Eliane:  www.elianemiragliablogspot.com.br

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