MAIOR FUNDO DE PENSÃO DO MUNDO LUTA CONTRA AS ADVERSIDADES


O maior fundo de pensão do mundo está cortando pagamentos e emitindo alertas de que a rentabilidade deverá cair.

O California Public Employee Retirement System - conhecido como CalPERS - luta para manter o pagamento de benefícios aos servidores públicos já aposentados na medida em que cai o valor dos investimentos e o fundo sofre com a falta de fundeamento.

 

O CalPERS administra benefícios previdenciários de cerca de 3.000 cidades, municípios e órgãos públicos da Califórnia, o estado com a maior população dos Estados Unidos.

 

Os gestores do fundo já avisaram que estão reduzindo as previsões de retorno dos investimentos de 7,5% para 7% nos três anos compreendidos entre julho de 2017 e 2020 - o primeiro ajuste “para menos” em quatro anos.

 

Planos deficitários

 

Os dirigentes do CalPERS preocupam-se com o fato de o fundo estar com um déficit de 32%; por isso, têm pedido às autoridades que aumentem as suas contribuições para amenizar o déficit; caso contrário, os benefícios poderão ser cortados.

 

Richard Costigan, responsável financeiro pelo fundo, explicou que os gestores estão constantemente monitorando os retornos do investimento. “Esse é apenas o primeiro de uma série de passos que precisarão ser dados”, disse ele. “Aumentaremos gradualmente as contribuições nos próximos oito anos.”

 

O fundo diz que os retornos dos investimento foram de somente 0,61% no ano passado, totalizando dois anos de rentabilidade ruim. O CalPERS é o maior fundo de pensão do setor público estadunidense, com US$ 290 bilhões de ativos sob gestão.

 

Déficit global

 

Enquanto isso, estima-se que o déficit previdenciário global seja de £81 trilhões, informa o think tank “Geneve Association”.

 

Um relatório atribui o déficit ao fato de as pessoas viverem mais e às baixas taxas de juros, levando os fundos de pensão a pagar valores mais altos aos participantes ao mesmo tempo em que gozam de rentabilidade inferior nos investimentos.

 

Ronald Klein, diretor de pesquisa do think tank, afirmou: “Embora vidas mais longas sejam uma enorme conquista humana, a sua ocorrência associada à queda generalizada e persistente das taxas de fertilidade e ao financiamento inadequado dos planos têm exercido extrema pressão sobre sistemas previdenciários já profundamente estressados”.

 

“Ainda é possível resolver o problema, mas a janela de oportunidade para a realização de reformas está se fechando rapidamente. Na maioria dos países, como as populações continuam a envelhecer, o clima político tende a seguir na mesma direção, favorecendo-se, assim, políticas e governos cuja propensão será a de manter intactos os benefícios existentes.”

 

O estudo relata que o Japão é o país com a maior lacuna previdenciária e população mais longeva do mundo.

  



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