FUNDO DE PENSÃO SE COMPROMETEM COM QUESTÕES CLIMÁTICAS EM CONFERÊNCIA DA ONU


Dez fundos de pensão com ativos sob gestão da ordem de US$ 1,3 trilhão firmaram compromisso com as Nações Unidas de considerar oportunidades em infraestrutura ‘verde’ e fatores climáticos em seus investimentos.

Em cartas individuais e coletivas enviadas ao Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon e à Conferencia do Clima da ONU (UN Climate Summit) realizada nesta semana, em Nova York, os dez fundos de pensão - incluindo o California Public Employees’ Retirement System (CalPERS) e o Ontario Teachers’ Pension Plan – também pediram que os governos e reguladores criem estruturas para investimentos em infraestrutura verde que ofereçam fluxo de caixa de longo prazo e o compartilhamento dos riscos.

Os outros oito fundos de pensão que se comprometeram com as Nações Unidas foram: PensionDanmark, AP4, Alberta Investment Management Corporation, British Columbia Investment Management Corporation, California State Teachers’ Retirement System, Government Employees’ Pension Fund of South Africa, New York State Common Retirement Fund, New Zealand Superannuation Fund.

Os fundos de pensão se comprometeram a “identificar e avaliar oportunidades de investimento em infraestrutura que levem em conta fatores climáticos, incluindo ativos que contribuam para a redução dos gases que causam o efeito estufa, reduzam a vulnerabilidade das comunidades afetadas e promovam a capacidade de adaptação”. Esses investimentos devem ‘caber’ numa classe de ativos já existente, possuir características de risco e retorno competitivas e satisfazer os objetivos e restrições das carteiras, disse o conteúdo das cartas.  

Além disso, os fundos disseram que pretendem “tomar as medidas necessárias a fim de levarem em consideração as mudanças climáticas e a sustentabilidade no desenho, construção e operação dos ativos, quando aplicável, contanto que sejam coerentes com as políticas, procedimentos e processos necessários ao exercício do seu dever fiduciário”.

Entretanto, os fundos também pediram que os legisladores e reguladores facilitem a criação das estruturas de que precisam. “A atração desse tipo de capital, bem como de outras fontes privadas de recursos, na enorme escala necessária ao tratamento dos problemas associados às mudanças climáticas, exigirá dos reguladores e legisladores a criação de estruturas que viabilizem fluxos de caixa de longo prazo e a distribuição adequada dos riscos entre as partes.”

Os fundos fizeram três sugestões sobre como os reguladores podem promover os investimentos institucionais em infraestrutura verde, incluindo a criação de políticas e estratégias de infraestrutura de longo prazo que levem a um pipeline de projetos de longo prazo e fluxos de caixa protegidos da inflação.  Outras sugestões envolvem incentivos para investir no desenvolvimento de mecanismos em que instituições financeiras internacionais e bancos de desenvolvimento assumam os riscos de desenvolvimento e construção. 



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