ALTEREM A LEI PREVIDENCIÁRIA DINAMARQUESA PARA PERMITIR A APOSENTADORIA GRADUAL, DIZ A CONSULTORIA AON


A fim de manter as pessoas no mercado de trabalho, o governo dinamarquês deveria mudar a lei previdenciária para permitir que trabalhadores mais velhos recebam um benefício parcial enquanto trabalham, diz a consultoria Aon.


O governo deseja aumentar a idade de aposentadoria na Dinamarca apenas dois anos após a última mudança; no entanto, a medida não deve ajudar a manter as pessoas na ativa, argumenta a consultoria.  

 

Jannik Andersen, chefe de Capital Humano da Aon Denmark, disse à IPE: “Precisamos de alguma lei que permita que as pessoas continuem contribuindo para o seu plano de pensão privado ou setorial ao mesmo tempo em que recebem um benefício diferido desses programas”.

 

Há dois anos, o parlamento dinamarquês aprovou uma lei que não só aumentou a idade de aposentadoria, como também permitiu a sua elevação gradual em até um ano a cada cinco contanto que tenha havido melhorias na expectativa de vida.

 

Contudo, em janeiro, o governo propôs que a idade de aposentadoria fosse novamente ajustada (antes do tempo previsto) frente ao levantamento de dados que mostram uma evolução mais aguda da longevidade em comparação a projeções anteriores.

 

Andersen argumentou que, ao aumentar a idade de aposentadoria, embora o governo alegue ter dois objetivos - evitar grandes aumentos nas despesas previdenciárias e manter as pessoas no mercado de trabalho - a mudança não é eficaz neste último caso porque os dinamarqueses detêm enorme volume de poupança privada que pode ser utilizado para que se aposentem mais cedo.

 

De acordo com a legislação atual, as pessoas nascidas antes de 1954 podem receber sua pensão estatal (folkepension) aos 65 anos. A idade mínima passa para 68 anos se o indivíduo tiver nascido a partir de 1967.  A nova proposta do governo é que os nascidos de 1957 em diante recebam a sua pensão estatal seis meses mais tarde.  

 

A proposta deverá ser apresentada no próximo mês e votada pelo parlamento antes das férias de verão (em junho).


A Aon disse que seria melhor que os políticos oferecessem aos cidadãos incentivos para que permaneçam no mercado pelo menos até a idade de aposentadoria, com os anos a mais dedicados ao trabalho sendo recompensados ​​via o pagamento do salário e de um beneficio diferido.

 

Andersen afirmou: “O governo quer que as pessoas permaneçam no mercado de trabalho, mas se você tem um trabalho que exige esforço físico, você não pode trabalhar até os 65 ou 70 anos. Contudo, seria possível se aposentar e ter um emprego de meio período, embora a questão é se as empresas vão querer manter seus funcionários caso eles só sejam capazes de trabalhar metade do dia”. 



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