PFZW IRÁ DESINVESTIR DE EMPRESAS COM ALTA EMISSÃO DE CARBONO


O PFZW, fundo de pensão holandês com 161 bilhões de euros sob gestão, divulgou na última terça-feira que irá vender participações em empresas com emissões relativamente altas de dióxido de carbono.

O PFZW é o mais recente investidor institucional de grande porte a cortar sua exposição a investimentos associados a combustíveis fósseis neste ano.

Com a justificativa de preservar o meio-ambiente, o fundo disse que irá desinvestir completamente de empresas que utilizam carvão até 2020; já os investimentos em empresas de combustíveis fósseis devem ser reduzidos em 30%.

“O processo de desinvestimento terá quatro estágios anuais. Como resultado, desinvestiremos de cerca de 250 empresas ligadas à produção de energia, prestação de serviços e fabricação de materiais”, declarou o fundo por meio de nota.

Maurice Wilbrink, porta-voz da PGGM, gestora de ativos do PFZW, afirmou que o desinvestimento corresponde a cerca de 5% da carteira de renda variável da fundação - ou 1,7 bilhão de euros.

 “Os recursos serão retirados de empresas com baixa eficácia de uso de recursos e reinvestidos em empresas bem avaliadas nesse quesito”, informou Wilbrink. Ele acrescenta que a PGGM e o PFZW acreditam que as mudanças terão efeitos neutros ou levemente positivos sobre os retornos de médio prazo dos investimentos.

A decisão de desinvestir pode ter sido tomada num momento ruim, dada a queda dos preços do petróleo ao longo do último ano. Embora não tenha fornecido dados, o fundo informou, por meio de seu relatório trimestral, que os investimentos em commodities haviam provido os “piores retornos” de sua carteira de investimento - uma perda de 3,2% - em relação ao terceiro trimestre de 2014.

Wilbrink afirma que empresas com boa classificação segundo critérios de sustentabilidade podem vir a ser mais vantajosas sob o ponto de vista dos investimentos. Entre as razões está a possibilidade de  sofrerem menos caso o carbono se torne mais caro devido a taxas ou limites impostos pela regulação. 

O PFZW, que gerencia os benefícios previdenciários dos trabalhadores da área de saúde, disse que irá elevar os investimentos em saúde, imóveis e empresas que garantam o abastecimento de alimentos e água. 



Reuters
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