FUNDO DE PENSÃO DINAMARQUÊS EXCLUI QUATRO EMPRESAS DEVIDO A ATIVIDADES NA CISJORDÂNIA


Um dos maiores fundos de pensão da Dinamarca anunciou que suspenderá investimentos em quatro empresas que operam em assentamentos na Cisjordânia.

Na semana passada, por meio de comunicado à imprensa, o Sampension (US$ 46,1 bi sob gestão) divulgou uma lista negra que inclui dois dos maiores bancos de Israel, Hapoalim e Leumi, juntamente com a gigante de telecomunicações Bezeq e a empresa Heidelberg Cement, sediada na Alemanha.

O fundo de pensão dinamarquês dos funcionários públicos está desinvestindo das quatro empresas devido ao seu papel no “financiamento de assentamentos, extração de recursos naturais e estabelecimento de infraestrutura de telecomunicações em território ocupado”.

A Heidelberg Cement foi barrada porque sua subsidiária, a Hanson Ltd., opera uma fábrica de asfalto e uma pedreira na Cisjordânia.

Além dessas quatro empresas, o Sampension disse estar conversando com outras seis multinacionais a respeito de como as suas atividades nos assentamentos poderiam violar “princípios internacionais”.

Ainda não se sabe ao certo como a decisão afetará as empresas excluídas. Um exemplo disso é o fato de o fundo de pensão dinamarquês não possuir, atualmente, investimentos no Banco Hapoalim.

É possível que as transações comerciais do fundo com os EUA sejam impactadas, já que muitos municípios e estados americanos exigem que os fundos de pensão públicos se desfaçam de ações de empresas que participam do movimento “Boycott, Divestment and Sanctions”.

 

“Eu não acho que seja assim tão importante. De vez em quando um fundo de pensão decide vender ações israelenses, mas em geral isso não envolve grandes volumes. O fundo apenas declarou que não investirá nos bancos israelenses e isso não é novidade na minha opinião”, disse Alon Glazer, analista bancário da consultoria Leader Capital Markets. “A maioria dos investidores estrangeiros não liga para esse boicote”.

Alguns fundos de pensão e instituições financeiras europeus já haviam criado uma lista negra de companhias israelenses devido ao financiamento da construção de assentamentos, incluindo o terceiro maior fundo de pensão da Europa, o PFZW holandês, que desinvestiu dos cinco principais bancos de Israel em 2014.




The Jerusalem Post
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