MOODY'S DIMINUI CLASSIFICAÇÃO DE CHICAGO ALEGANDO DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS


A agência de ratings Moody's rebaixou ainda mais a classificação de crédito da cidade de Chicago - para Baa2 - alegando o grande volume de passivos previdenciários não fundeados do município.

 

A agência de classificação também manteve a tendência negativa para a nova nota com base na expectativa de que o pagamento de benefícios venha a surtir ainda mais pressão sobre o orçamento da cidade.

 

A redução da nota para Baa2, dois pontos acima do nível “junk” (especulativo), afeta os títulos de dívida de Chicago, que hoje somam US$ 8,3 bilhões.

 

A Moody's alerta que a nota da cidade pode cair mais caso a Corte do estado de Illinois julgue inconstitucionais as leis de reforma da previdência destinadas a reduzir os problemas financeiros de dois sistemas estatais de aposentadoria.

 

Sindicatos e aposentados estão questionando na justiça as leis aprovadas pelo legislativo em 2013 e 2014 sob a alegação de que elas violariam o princípio legal de não prejudicar os benefícios previdenciários dos funcionários públicos.

 

A Suprema Corte de Illinois fará uma audiência no dia 11 de março para ouvir os argumentos envolvendo os fundos de pensão estatais, devendo proferir uma decisão ainda no primeiro semestre.

 

O CIO de Chicago, Lois Scott, afirmou que maiores reduções na classificação de crédito do município poderiam acarretar numa “queda livre fiscal” ao estimular o aumento das taxas de juros sobre os novos títulos e reduzir o número de provedores e investidores em potencial.

 

Notas mais baixas também poderiam desencadear o encerramento de mecanismos de proteção (hedge) baseados em taxas de juros e letras de crédito sobre os títulos com taxas variáveis já existentes, custando aos cofres da cidade centenas de milhares de dólares.



Reuters
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