QUATRO COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE OS FUNDOS DE PENSÃO AFRICANOS


Apesar de aproximadamente 75% dos fundos de pensão estarem na África do Sul, que é um dos mercados mais desenvolvidos do continente (US$258 bilhões), há forte crescimento em outras regiões africanas. Tal crescimento se deve a mudanças regulatórias responsáveis por fazer com que mais trabalhadores sejam inseridos nos sistemas previdenciários. “Nesse sentido, o melhor exemplo vem da Nigéria, onde as mudanças nas regras, ocorridas em 2006, fizeram com que os fundos acumulassem cerca de US$ 30 bilhões desde então”, observa Rory Ord, chefe da divisão de private equity da asset manager africana RisCura.

1. A fase de acumulação

Excluindo-se África do Sul e Namíbia, a maioria dos países africanos possui níveis muito baixos de cobertura previdenciária. Isso significa que o forte crescimento observado nos fundos de pensão se deu a partir de uma base participativa diminuta. Em compensação, esses mercados possuem populações muito jovens: a idade média é de 20 anos; nos países desenvolvidos, 40 anos.

 2. Enfoque no mercado doméstico

A maior parte do capital acumulado nos fundos de pensão africanos é investida domesticamente. “Na África do Sul, 25% dos ativos podem ser investidos fora do país. Em outros países mais ao sul os limites para investimentos estrangeiros são ainda maiores. Contudo, devido a fatores culturais, a maior parte dos ativos permanece investida localmente e, em casos mais raros, regionalmente”, explica Ord.

3. Fundos novos preferem títulos do governo 

A alocação de ativos dos fundos de pensão difere consideravelmente. Países como Tanzânia, Uganda e Nigéria tendem a investir mais em ativos de renda fixa, principalmente em títulos do governo. Entretanto, países localizados mais ao sul do continente, como África do Sul, Botsuana, Namíbia e Suazilândia, possuem uma alocação maior em fundos de renda variável. Segundo Ord, isso se deve à maior aversão ao risco dos sistemas previdenciários que ainda se encontram em estágio inicial de desenvolvimento. 

4. Poucos investimentos em private equity

Embora o ambiente de investimentos em private equity africano esteja sendo estimulado pelos fundos de pensão, a verdade é que apenas uma pequena parte dos ativos são alocados em PE. “Na vasta maioria do continente, excluindo-se a África do Sul, os investimentos em alternativos estão concentrados sobretudo no mercado imobiliário”, conclui Ord.



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